segunda-feira, 19 de abril de 2010

Paula Von Gunther - ERA DE OURO

Era de ouro

A Baronesa Paula Von Gunther foi a primeira grande arqui-inimiga da Mulher Maravilha, ambas confrontaram-se por diversas vezes.
Ela era uma agente da Gestapo, extremamente inteligente. Tinha um grupo de mulheres que eram suas escravas pessoais, exercia controle sobre elas através do hipnotismo, tornando-as totalmente submissas, fiéis e leais à sua mestra, e frequentemente também punia-as com torturas as quais elas se sujeitavam pacificamente.
A Baronesa era capaz de qualquer ato para alcançar seus objetivos, inclusive assassinato, chantagens ou o que fosse preciso, forçando muitas vezes cidadãos americanos a se tornarem espiões a serviço dos nazistas.
Sua eficiência fez dela a principal líder dos agentes da Gestapo infiltrados nos Estados Unidos durante a II Guerra Mundial.
Sempre conseguia fugir para mais tarde retornar com mais um plano maquiavélico, e algumas vezes até mesmo foi dada como morta.
Mas além de seus incríveis poderes, Mulher Maravilha tinha também o grande dom do convencimento, não se limitava apenas a enfrentar seus inimigos, mas sempre que possível, tentava também regenerá-los.
Quando finalmente a heroína conseguiu capturá-la, 
Paula Von Gunther revelou que na verdade era forçada a trabalhar para os nazistas porque eles mantinham prisioneira a sua filha, Gerta. 
Mulher Maravilha conseguiu, então, 
resgatar Gerta, e a partir de então a Baronesa passou a dedicar-lhe grande devoção e amizade, 
vindo a tornar-se uma de suas maiores aliadas. 
Paula inclusive arriscou sua própria 
vida para resgatar a Mulher Maravilha de um depósito de munições em chamas, 
adquirindo graves queimaduras de terceiro grau e ficando com o rosto deformado. 
Apesar de sinceramente arrependida e completamente renegerada, 
Paula ainda tinha que responder 
por seus crimes e foi levada ao tribunal, 
tendo a Mulher Maravilha como sua defensora.
 Ela não foi totalmente absolvida, mas a atenuante de estar agindo sob a pressão da ameaça que pairava sobre sua filha e principalmente seu ato altruísta de colocar a prórpia vida em risco para salvar a Mulher Maravilha, lhe deram a oportunidade de cumprir sua pena em liberdade, ficando sob os cuidados da Mulher Maravilha, que então a levou para a Ilha Paraíso, juntamente com sua filha Gerta e suas antigas escravas que ainda lhe eram fiéis, e elas foram treinadas para se tornarem amazonas. A Rainha Hipólita rogou por Paula junto aos deuses para que eles perdoassem seus erros do passado, e Paula foi abençoada pela deusa Afrodite, que lhe deu um novo rosto, apagando todos os sinais de deformidade ou quaisquer outros resquícios que tivesse no corpo do incêncio a que se expusera.
Paula Von Gunther, a partir de então chamada Dra. Paula, tornou-se a cientista chefe das amazonas e entre todas era a mais devotada a Mulher Maravilha. 
Mesmo cumprida sua pena, 
decidiu continuar vivendo entre as amazonas, 
tornando-se uma excelente guerreira, 
e ocasionalmente vinha ao mundo dos homens para auxiliar a Mulher Maravilha com sua genialidade. 
Nessas ocasiões ficava num laboratório subterrâneo abaixo do colégio Holliday, 
que era a sede de Etta Candy e suas garotas holliday. 
Sua filha Gerta era também cientista, 
mas nem sempre suas esperiências eram bem sucedidas e as vezes Mulher Maravilha precisava "consertar as coisas" quando algo saía errado. 
No entanto, quando Mulher Maravilha e Steve Trevor foram aprisionados pela Rainha Atomia em seu minúsculo mundo sub-atômico, foi o raio de crescimento de Gerta que os fez voltar ao tamanho normal.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

MULHER-MARAVILHA – A VERSÃO ORIGINAL / CAPÍTULO 7

Em suas aventuras entre outubro 
e dezembro de 1942, 
editadas em 
Sensation Comics n° 10, 
All-Star Comics n° 13, 
Sensation Comics n°s 11 e 12, 
Comic Cavalcade n° 1 
(edição de inverno) e 
All-Star Comics n° 14, 
Mulher Maravilha enfrenta 
inimigos como o espião 
japonês Ishti, 
a Rainha Desira, 
governante do planeta Vênus, 
e a guerreira Rebla, 
além de sua arqui-inimiga 
Baronesa Paula Von Gunther, 
sempre com um estratagema 
montado para sabotar o esforço 
de guerra norte-americano. 
Captura Mr. Kipp, 
um quinta-coluna da 
alta sociedade,  
o que a leva também a descobrir 
e derrotar um grupo de espiões 
nazistas denominados como 
“os pescadores”, que pretendia 
destruir uma fábrica de navios 
de guerra em Salem, 
resgatando também 
Tommy Royden, um jovem americano que estava sendo mantido prisioneiro desses espiões.
 OBSERVAÇÕES: Encerra-se 
aqui o primeiro ano de aventuras da Mulher Maravilha,
que vai de dezembro de 1941 a dezembro de 1942.
Este primeiro ano define a cada história as principais
características da personagem, sua origem, seus
poderes, seus amigos, sua entrada para
a Sociedade da Justiça,
antiga versão da Liga da Justiça, a introdução do laço
mágico. o longo deste ano sua histórias foram editadas
mensalmente na Sensation Comics, que trazia aventuras
solos de diversos heróis, e em quase todos os números
da edição bimestral All Satar Comics, que editava
aventuras solo e em conjunto
dos membrosda Sociedade da Justiça.
Ganhou sua própria revista, numa edição
quadrimestral, uma a cada estação do ano. Foram
lançadas dois n°s nesse ano, ambos trazendo somente
histórias dela, e finalmente em dezembro passa a fazer
parte de mais uma edição, a estreante Comic Cavalgade,
que tinha a intenção de dar maior divulgação a dois
personagens secundários que vinham se destacando
entre os membros da Sociedade da Justiça, as antigas e
primeiras versões dos heróis Lanterna Verde e Flash.
Para garantir a vendagem dessa nova revista, precisavam
de um personagem que já estivesse estabelecido, então a
escolha foi a Mulher Maravilha, primeiro porque era uma
personagem nova ainda nos quadrinhos,
tal qual os outros dois,
e segundo porque ela era membro também da
Sociedade da Justiça, o que estabelecia um ponto de
ligação entre todos os personagens da nova edição,
mesmo estando cada um em sua própria história solo.
Enfim, de uma única história lançada um ano antes, de
uma personagem inédita, o sucesso foi tão grande que
doze meses depois ela já fazia parte de 4 títulos, um deles
dela própria. Infelizmente, depois da morte de seu
criador, nem sempre a Mulher Maravilha esteve tã bem,
outros roteiristas muitas vezes bagunçaram com sua
imagem e ao longo de seus quase 70 anos de existência,
a se completar em 2011,
ela teve muitos altos e baixos,
mas continua sendo sempre a primeira
e mais querida heroína dos quadrinhos.
Seu nome é tão forte quanto o de Batman e Super-homem,
e juntos os 3 são os mais antigos heróis ainda publicados
até os dias de hoje.
Muitos já desapareceram ou foram tão radicalmente
modificados que mal lembram,
e alguns nada lembram, sua versões originais.
Já tentaram mudar seu nome, seu uniforme, seus poderes,
já tentaram colocar outra personagem como
Mulher Maravilha, a exemplo de outros heróis
que foram substitudos por seus sucessores,
inclusive seus dois companheiros da Comic Cavalgade:
já existiram vários Lanternas Verdes e o Flash atual
já é o 3° na história dos quadrinhos.
Mulher Maravilha, contudo, se impõe sobre essas mudanças.
Hoje em dia está atualizada, é claro,
o uniforme sofreu mudanças,
mas ainda é basicamente o mesmo,
só foi encurtando e ficando mais sexy com o tempo,
trocaram alguns detalhes como a águia dourada
sobre seu busto que se tornou nos dias de hoje
dois Ws estilizados, mas ainda lembrando a forma
das asas.
A idéia inicial, porém, ainda é a mesma.
Isso acontece porque Mulher Maravilha não é
só mais uma personagem, não é apenas
uma heroína qualquer, é um grande ícone
da cultura mundial,
um símbolo quer se tornou universal.
Surgiu na II Guerra Mundial,
quando as mulheres americanas assumiram vários
papéis na sociedade para manter de pé
o império americano e garantir a subsistência
de suas famílias quando seus maridos, irmãos
e filhos foram para a guerra.
A mulher que era peça decorativa de luxo nas casas,
mera procriadora,
se tornou empreendedora,
se empregou em fábricas, transformaram-se muitas em operárias
para suprir a falta de mão de obra masculina.
Começa aí a grande revolução feminina que muitos anos depois levaria ao ato simbólico da queima de soutiens,
a conquista do direito de voto e muito mais.
Enquanto a sociedade passava por essas mudanças radicais,
os quadrinhos ainda eram dominados pelos heróis masculinos,
surge, então a Mulher Maravilha, no momento certo e preciso.
Mesmo com o fim da guerra,
quando muitas mulheres voltaram ao seu papel tradicional,
ela ainda continuou fazendo sucesso,
pois os fenômenos sociais não retrocedem,
nunca mais as mulheres seriam de novo um bibelô pacífico
e conformado com seu papel secundário e figurativo
na História e na sociedade,
e Mulher Maravilha representa isso,
a força feminina, capaz de enfrentar os mais duros obstáculos sem jamais perder a doçura. A “guerra dos sexos” se representa na rivalidade de Marte (atualmente Ares) e Afrodite, quando o Deus da Guerra conclama que seus homens dominarão o mundo pela espada e a Deusa do amor e da beleza docilmente reponde que suas mulheres dominarão os homens com o amor. Toda esta simbologia é forte demais para ser esquecida, daí o segredo da força e do sucesso dessa personagem que se tornou muito mais do que um quadrinho. Ela está enraizada em décadas de História, e seu criador ainda teve a genialidade de ligá-la aos mitos gregos que a milhares de anos encantam a humanidade, transformando-a numa personagem tão consistente e encantadora que sobrevive por si mesma, jamais esquecida. Todas as tentativas feitas de tentar transformá-la num personagem diferente fracassaram, pois sua figura e seu mito são insubstituíveis. 

domingo, 11 de abril de 2010

RIVALIDADE ENTRE MARTE E AFRODITE

MULHER-MARAVILHA – A VERSÃO ORIGINAL / CAPÍTULO 6


Aqui se resumem 
os acontecimentos 
entre julho e setembro 
de 1942, 
nas histórias editadas 
nos seguintes títulos: 
Sensation Comics
n°s 7 e 8, 
All Star Comics n° 12, 
Sensation Comics n° 9 
e Wonder woman n° 2 
(edição de outono).

A Mulher Maravilha 
consegue frustrar mais 
um esquema 
maquiavélico da 
Baronesa Paula 
Von Gunther, 
que desta vez 
planeja monopolizar 
todo o suprimento 
e a comercialização do 
leite nos estados Unidos, 
em especial o que 
é fornecido às 
tropas americanas. 
Sua intenção é 
adulterá-lo, diminuindo 
o cálcio de 
seus componentes 
e acrescentando 
outras substâncias 
nocivas, 
de forma que após 
algum tempo os 
soldados americanos 
ficassem com ossos 
mais enfraquecidos 
e vulneráveis, 
tornando-se mais fágeis 
de serem derrotados. 

Em outra aventura 
Mulher Maravilha cruza 
seu caminho com 
Gloria Bullfinch, 
derrotando-a também. 

Além de suas 
próprias batalhas, 
Mulher Maravilha 
também atua e 
colabora 
ocasionalmente com 
a Sociedade 
da Justiça. 

De repente ocorre 
algo inesperado, 
a enfermeira Prince, 
a verdadeira, 
de quem a 
Mulher Maravilha 
havia emprestado o 
nome e identidade, 
retorna aos 
Estados Unidos. 
Ela agora está casada 
com seu antigo namorado, 
um inventor chamado 
Dan White, 
e eles tem agora uma 
criança recém nascida. 
Ela deseja sua identidade 
de volta, 
assim poderá se 
estabelecer nos 
Estados Unidos, 
arranjar um trabalho e 
ajudar ao marido que 
está passando 
por dificuldades. 
Mulher Maravilha se 
vê obrigada a abandonar 
sua identidade secreta, 
devolvendo o nome para 
a Diana Prince verdadeira, 
mas pouco depois essa 
é seqüestrada por 
espiões nazistas que 
a obrigam a entregar 
uma das invenções de 
seu marido. 
Mulher Maravilha, 
porém, consegue salvá-la, 
e em seguida 
precisa resgatar também 
o marido, 
que se torna prisioneiro 
de um grupo de 
espiões nazistas 
liderados por um 
vilão chamado 
Dr. Cue. 
Com todos a salvo, 
Dan consegue 
finalmente vender a 
patente de sua 
invenção, 
que se mostra um sucesso, 
resolvendo assim 
seus problemas financeiros. 
A esposa, 
grata à heroína por lhes 
ter salvo a vida, 
compreende a 
importância da missão 
da princesa amazona, 
e agora sem mais 
a necessidade de 
trabalhar para ajudar 
seu companheiro, 
abre mão de seu nome 
de solteira e 
adota definitivamente 
o nome do marido, 
passando a se chamar, 
portanto, 
Diana White, 
e mais uma vez a 
Mulher Maravilha passa 
a usar o nome e a 
identidade de 
Diana Prince.

Finalmente, 
numa verdadeira epopéia 
que engloba 
4 histórias seguidas, 
Mulher Maravilha tem 
que enfrentar 
o Deus da Guerra, 
Marte, 
que para desafiar Afrodite, 
duesa do amor e da beleza
e mentora das amazonas,
e provar a ela que a 
espada é mais poderosa
que a força do amor,
pretende fomentar 
ainda mais 
a guerra, 
tornando-a mais violenta 
e sangrenta, 
e prolongando-a 
indefinidamente, 
de forma a aumentar 
seus poderes que 
se alimentam das energias 
emanadas das guerras. 
Mulher Maravilha consegue 
inicialmente frustrar 
seus intentos, 
mas Marte envia a Terra 
seus emissários para 
que concretizem seus planos, 
e Mulher Maravilha tem 
que enfrentá-los um a um, 
primeiro o 
Senhor da Discórdia, 
em seguida 
o Duque da Decepção, 
e por último 
o Lorde da Conquista, 
finalmente assim 
conseguindo impedir 
os planos de marte.
////////////////////////////////////////////////////
OBSERVAÇÕES: 
Quando Roma conquistou 
a antiga Grécia, 
acabou absorvendo sua cultura 
e seus deuses se misturaram 
como se fossem um só, 
por isso é comum se referir 
aos deuses gregos pelo nome de seus similares romanos, confundido-os. Na realidade em termos práticos é muito difícil atualmente separá-los e distinguir entre as lendas o que é grego e o que é romano, Roma dominou a Grécia política e militarmente, mas a Grécia a superou culturalmente. Nas antigas aventuras da Mulher Maravilha muitas vezes eram usados os nomes romanos, como no caso de Marte, o Deus da Guerra, e de Hércules, que derrotou e dominou as amazonas no passado. Nos tempos mais atuais, para se definir melhor a origem da Mulher maravilha como grega e não romana, já que a lenda das Amazonas vem realmente da velha Grécia, bem anterior a dominação romana, e segundo as lendas sua tribo se estabelecia em terras gregas, passou a se ter o cuidado de denominá-los todos por seus nomes gregos, Marte então, passa a se chamar Ares, e Hércules passa a ser chamado Heracles. Afrodite, deusa do amor, desde o começo já era tratada por este nome, mas em algumas ocasiões aparecia como Vênus, o que agora não ocorre mais, sendo agora sempre tratada por Afrodite. O mesmo se passou com os outros deuses e personagens mitológicos, preferindo-se sempre se referir a eles por seus nomes gregos; Netuno, então, passa a ser Poseidon, Mercúrio passa a ser Hermes, Plutão passa ser Hades, e assim por diante.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

MULHER MARAVILHA DE STAN LEE - PARTE 1

Esta versão da Mulher Maravilha, criada por Stan Lee, em nada se parece com a original, que mesmo passando por várias reformulações ao longo dos anos, assim como também todos os outros personagens que se atualizam, ainda conserva basicamente as mesmas características. Esta Mulher Maravilha bem poderia ter recebido outro nome e em nada lembraria a princesa amazona: Outra identidade secreta, outros poderes, diferente origem, diferente nacionalidade, outra etnia, enfim, poderia perfeitamente ser uma personagem totalmente nova e inédita. De comum apenas o fato de seus poderes serem dádivas dos deuses, mas nem sequer são também os mesmos deuses, são de outro panteon, outra cultura separadas por séculos e e por um oceano inteiro entre dois continentes, e o de que ambas na verdade se assemelham elas mesmas mais a deusas do que propriamente a heroínas. De resto, mais nada têm que façam lembrar uma a outra, nem mesmo a personalidade. Como porém o blog se propõe a cobrir todas as versões, fases e demais aspectos ligados ao universo da Mulher Maravilha, fica aí o registro, em forma de scan, dessa versão alternativa da heroína. Não está mal, é uma boa história, mas ainda prefiro a verdadeira.

MULHER MARAVILHA DE STAN LEE - PARTE 2

MULHER MARAVILHA DE STAN LEE - PARTE 3